Ontem, muito por acaso, passei os olhos pelo "peso pesado teen" na SIC e parei quase em horror. Sim, todos devemos ter reparado que nos últimos anos o múmero de pessoas obesas é cada vez mais evidente mas eu não parei pelo aspeto dos jovens mas pelas declarações de uma mãe que eram mais ou menos isto:
Não sei se sou eu que faço mal mas, se ele gosta, eu compro. À segunda feira vamos às compras e trazemos tudo o que ele gosta. Gastamos cerca de 200 euros.
Desculpem-me lá a brutalidade mas não acham que pais destes merecem uma sova? O que diriam de uma mãe de um miúdo diabético se lhe desse sempre doces, ou da de um celíaco que o deixase comer o que lhe desse na telha, ou da de um alérgico a marico que lhe desse camarões?
Então o que se diz à mãe de um obeso que lhe compra bolachas recheadas de chocolate, salame de chocolate, gelados aos quilos e lhe dá para jantar uma travessa de batatas fritas e bifes com natas e o vê em frente à televisão a devorar pacotes de batatas fritas, salsichas da lata e litros de coca-cola?
Juro que não percebo.
Apetece-me chegar àqueles pais e gritar-lhe que se os filhos estão gordos e infelizes a culpa é deles que os envenenaram durante anos. Sim, porque muitos são obesos e disformes desde os 4, 5 anos. Com essa idade eles comem o que os pais dão e o que os pais deixam. Não comprar e não ter em casa doces e fritos e molhos e alimentos processados podia não evitar completamente o problema - às vezes há causas genética e hormonais- mas ia ajudar muito.
Ocorre-me novamente - sim, porque é uma ideia antiga que eu tenho - se deixar uma criança chegar a tal estado não é razão para a CPCJ declarar o garoto vítima de maus tratos. É que isto, ao contrário de uma dúzia de palmadas no rabo, vai incapacitá-los para a vida toda, e deixar marcas no corpo e na alma, mesmo que consigam reverter a doença. Porque é uma doença. Alguém diga isso veementemente - estes pais andam há mais de dez anos a tornar os filhos doentes.
Viver para comer? Comer para morrer!
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