quarta-feira, 7 de novembro de 2012

do amor e da perda

Hoje é um dia daqueles que deviam ser apagados com uma borracha, rasgados do calendário, arrancados do véu do tempo. Até o dia se vestiu de cinzento pesado de chumbo e agora chora. Não me falem de deus, nem o bom nem o pai, nem o tirano nem o castigador. Hoje, nenhum me serve. Nenhum justifica uma vida arrancada aos 18 anos sem aviso. Nenhum consola o futuro que não existirá. Também não me digam que deus criou um anjo porque deus não precisa de anjos, nós é que precisamos. De anjos que andam e riem e nos dão esperança. Os anjos assim criados só nos deixam um buraço na alma, lembranças e saudade. E não me lembro de haver nenhum anjo chamado David.
Hoje é um dia em que o mundo ficou mais pobre e mais triste. Hoje é o dia da perda em que até as palavras faltam.

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