É tão raro mas tão raro escrever-se sobre a felicidade. Talvez seja porque, como eu própria digo, não se escreve a alegria. Mas é também um traço deste nosso povo de fado que rima mais com tristeza e com desgraça, dor e mágoa.
Hoje, coisa tão rara, quero escrever sobre a felicidade. A das pessoas que amamos. A dos dias de sol. A de um trabalho que correu bem. A de um aluno que nos dá um desenho, um beijo, um abraço. A do esforço reconhecido. A do gato que ronrona no nosso colo. A dos amigos que partilham connosco os bons e os maus momentos.
A felicidade, mais do que a tristeza é para partilhar e para contagiar nem que seja num blog, num SMS, num agradecimento silencioso aos céus. A felicidade é mais rara e mais valiosa que uma caixa cheia de pedras preciosas - que são belas mas frias- , e, ao contrário das jóias, não pode ser enfiada no cofre mas generosamente repartida.
Hoje, partilho a minha felicidade connosco e saibam que quanto mais se partilha mais se multiplica, menos à laia de matemática e mais à da física.
Sejam felizes.