Neste país deve haver mesmo falta do que discutir. Se não, veja-se o dramalhão que se fez à volta da sugestão do regresso de um programa sobre agricultura à RTP na assembleia da república. É que os digníssimos deputados não se entendem: ora acham que a RTP é um bem público inalienável e, portanto, sob o domínio do governo, ora se abespinham porque o governo quer encomendar programas à RTP onde, supostamente, deve ser o patrão. Agora que penso nisso, talvez seja útil obrigar os deputados a gravar as emissões da ARTV para poderem manter alguma coerência nos argumentos, porque há uma linha que separa o debate político do bate-boca e do bota-abaixo.
Quanto ao programa dedicado à agricultura, parece-me bem. Nas minhas queridas memórias de infância espreita sempre o engenheiro Sousa “Viçoso”, não me lembro bem se antes ou depois do Nils Olgerson, o menino que voava com os gansos. Sim, onde mais teria eu aprendido o que é o sorgo ou a importância do montado de sobro? É que no farmville há bagas goji mas não há sorgo, há cerejeiras cor-de-rosa mas não há sobreiros. Um programa de televisão sobre agricultura (já que estou a meter a colherada, que seja biológica e sustentável) impõe-se! Estou de acordo! (desde que não seja o Baião a apresenta-lo, claro)! [já agora, não acham que esta minha forma de enfiar os meus pensamentos com minúsculas, entre parênteses e sem pontuação no final me põe na fila para nobel da literatura? ]
Mas se é para levar a sério a valorização da agricultura, tenho uma ideia mais popular! (popular MESMO) Para ter uma audiência de rebentar com tudo, era um programa numa aldeia com agricultores em que cada um tinha um segredo agropecuário, cultivava a respetiva parcela de terreno e quem fosse mais bem-sucedido, ganhava! E para animar, de vez em quando, enrolavam-se no meio da vinha ou na plantação de sorgo não geneticamente modificado destinado à forragem ou no sótão da vacaria e eram apanhados pelas camaras ocultas. E tinha que haver um engenheiro que desse instruções, mesmo que nunca aparecesse (assim tipo Manzarra, mas à séria).
Eu, só com estas ideiazitas, já devo ter equivalência a ministra da televisão. (não, não, pensando bem! ganha-se muito melhor como diretora da RTP, dá menos chatice e para ajudar na restruturação fazia eu a voz-off do programa).
Agora fica o aviso, eu, estando no pleno uso das minhas faculdades mentais, declaro que estas minhas ideias originais estão sujeitas a direitos de autora e só podem ser usadas com a minha autorização sob pena de ação judicial. (ah, pois ou achavam que era vir ao meu blogue tirar ideias e fazer um brilharete no hemiciclo?)
Despeço-me com amizade e até ao próximo post.
:D (o que eu gostava de poder por aqui um emoticon que eu tinha no msn que era um bonequinho que rebolava a rir e batia com a mão no chão!)
[agora que reli isto tudo, sei que parece que estou sob o efeito de um cogumelo silvestre qualquer mas, na verdade, estou muito lúcida, mesmo que estas politiquices quase me ponham doida]
;) O importante é divertirmo-nos a escrever - que foi o caso ::))
ResponderEliminarSe a TVI descobre a tua ideia, é capaz de a pôr em prática! ;) Marla
ResponderEliminarNobel da literatura? Porque não? O tal senhor de Lanzarote, um tal Saramago, não ganhou um a dar cabo do português?
ResponderEliminarÉ mais giro o que eu escrevo, ou não é? ;)
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